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Abuso psicológico é mais comum que físico; saiba como evitá-lo!

Quando falamos de agressão, não estamos falando apenas de algo que exija contato físico.

Por Isabella Otto Atualizado em 26 fev 2020, 10h00 - Publicado em 26 fev 2020, 10h00

Em qualquer tipo de relacionamento poder haver abuso, mas quando focamos na relação homem-mulher, as coisas merecem maior destaque. Afinal, vivemos um uma sociedade machista, em que as mulheres só ganharam oficialmente uma lei que coibisse a violência doméstica e familiar em 2006, com a criação da Maria da Penha.

Abuso psicológico é mais comum que físico. Saiba como evitá-lo!
Cenas da série Jessica Jones. Reprodução/Reprodução

De acordo com uma recente pesquisa realizada pelo DataFolha, uma a cada três brasileiras foram vítimas de violência em 2016. O levantamento falou com meninas de 16 anos ou mais. E essa violência também inclui abuso psicológico! É sempre importante lembrar que quando falamos de agressão, não estamos falando apenas de algo que exija contato físico. Agressões psicológicas não só existem como são a maioria.

“Ainda não alcançamos a equidade de gêneros em nossa sociedade. Hoje, embora as mulheres tenham conquistado uma série de direitos, infelizmente elas ainda são mais vulneráveis ao abuso que os homens”, explica Marina Simas de Lima, psicóloga e cofundadora do Instituto do Casal. Mas como identificamos e evitamos abusos psicológicos em um relacionamento? A especialista dá algumas dicas:

1. Você perdeu sua liberdade?
Perceba se o seu parceiro (ficante, namorado, noivo, marido) controla sua agenda e diz com que você deve sair e quais lugares deve frequentar. Ele pode marcar um rolê só com os amigos, mas você nunca pode ter uma noitada com as amigas sem ele? Isso não é justo. Outra forma de perder a liberdade é passar a ter todas as contas nas redes sociais fiscalizadas pelo homem. Isso não existe. Não divida suas senhas com ninguém.

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2. Você se distanciou de seus amigos e familiares?
Após perder a liberdade, aos poucos, você vai se distanciando de pessoas que antes eram muito próximas a você. Mesmo que sem perceber, você perde o contato e passa a se relacionar apenas com o seu parceiro. Essa é uma forma que o abusador encontra de ter total controle sobre sua vida, pois longe dos amigos e da família, você não tem como desabafar com ninguém.

Abuso psicológico é mais comum que físico. Saiba como evitá-lo!
Reprodução/Reprodução

3. Você não escolhe mais as suas roupas?
Uma das coisas mais sutis e romantizadas em um relacionamento é a escolha da roupa. Muitas meninas acham fofo quando o namorado fica enciumado ao ver que ela está usando um vestido curto e pede para trocá-lo. Isso não é fofo. Talvez, mesmo que muito sutil, esse seja um sinal de que o cara é controlador e abusivo. Atente-se!

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4. Você sente medo de falar e dar sua opinião?
Ninguém merece viver sob pressão, sem saber o que uma palavra ou reação pode desencadear no parceiro. Às vezes, uma simples frase pode despertar a fúria do rapaz no meio de um espaço público. Geralmente, contudo, abusadores são muito legais fora de casa e com outras pessoas, para que elas justamente não percebam que ele está transformando a vida da parceira em um inferno. A menina passa de louca, não ele.

5. Você está sendo ameaçada?
“Se você não fizer isso…”, “se você falar aquilo…”, “se você não se comportar dessa maneira…”, “se você contar para alguém…”, “se você não me obedecer…”, “se você me deixar…”. Repare se o seu relacionamento têm muitas frases começadas por essa conjunção. Esta é uma maneira bastante sutil que o parceiro encontra de colocar sua vida em cheque com pequenas chantagens diárias.

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Duvidar de que esteja vivendo um relacionamento abusivo é muitas vezes a confirmação de que ele realmente acontece. Não se isole, conte com o apoio das amigas e faça uma denúncia caso ache necessário através do disque-denúncia (180). Abuso psicológico é agressão!

 

+ Leia mais: O papel da amiga diante de um relacionamento abusivo

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Comportamento
Abuso psicológico é mais comum que físico; saiba como evitá-lo!
Quando falamos de agressão, não estamos falando apenas de algo que exija contato físico.

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