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“A melhor parte da dança é eu poder ser livre para ser quem sou”

Nayara Nicacio, dançarina do ballet da MC Soffia, e Felipe Guedes, bailarino profissional há 12 anos, falam sobre o poder transformador da dança

Por Bruna Nunes Atualizado em 29 abr 2022, 18h19 - Publicado em 29 abr 2022, 18h18

Nesta sexta-feira (29) é celebrado o Dia Internacional da Dança! Nós sabemos que dançar é benéfico para a saúde, tanto física quanto mental, pois a expressão artística trabalha força, flexibilidade, coordenação motora, resistência cardiorrespiratória, e ainda pode aliviar os sintomas da ansiedade e do estresse, ao liberar hormônios como a serotonina.

Fotos de bailarinos
Nayara e Felipe em ação Instagram/Reprodução

“A melhor parte da dança é poder ser livre para ser quem eu sou, sem qualquer julgamento”, conta Nayara Nicácio, dançarina de 22 anos que integra o ballet da Mc Soffia.

Nay sempre amou música e este foi o primeiro passo para ela se conectar com a dança. Quando era mais nova, costumava reproduzir coreografias que via no computador junto de sua irmã e suas amigas, e notou que levava jeito para a coisa. “Com o decorrer do tempo, percebi que gostava bastante daquilo e comecei a pesquisar escolas de dança próximas ao meu bairro. Acabei encontrando a Millennium Dance, mas na época não tinha condições financeiras de me matricular“, relembra.

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Foi só ao entrar na faculdade que a roda girou! A recém-graduada em Educação Física realizou um curso para ser instrutora de Fitdance Classic e se juntou aos colegas para fundar um projeto que ensina coreografias. Com a pandemia, Nay percebeu o quanto dançar era uma parte importante de sua vida: “Com o distanciamento social e a falta das atividades que me mantinham ativa, passei a ter crises de ansiedade, e os intervalos entre elas passaram a ser bem curtos”.

Já mais velha, Nay também passou a estudar Hip Hop na tão sonhada escola de dança, onde conheceu o professor, dançarino e coreógrafo Bruno Barbosa, que trabalha com artistas incríveis, como Pabllo Vittar, Uriass e Mc Soffia. “Soube que o ballet dela [Soffia] estava precisando de dançarinas novas para participar dos shows e das gravações. Passei por uma audição interna, da qual, felizmente, fui selecionada! Neste momento, estou em fase de adaptação, ensaiando com o ballet e a artista, e aprendendo as coreografias dos shows“, conta a dançarina, que já se apresentou Festival de Dança de Joinville, o maior da América Latina, e performou na PerifaCheck, que busca mostrar o trabalho de artistas periféricos e dar visibilidade a eles.

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Quem também nutre uma paixão avassaladora pela profissão é Felipe Guedes, bailarino profissional há mais de 12 anos. O professor e bailarino da companhia @ballet.educart, diz que, quando dança, se reconecta consigo mesmo, se tornando mais aberto e sensível. Tenho certeza que uma força maior divide o palco comigo”, entrega.

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Felipe também diz que a dança o ensina algo novo todos os dias sobre superação e limites. Para ele, a arte pode mostrar muito sobre alguém, pois demanda muita dedicação. “Sempre digo que a dança é capaz de moldar e mostrar o caráter de alguém. Quando observo meus amigos, percebo que sempre são pessoas muito determinadas, resilientes, criativas, corajosas e dedicadas”, opina.

Para quem deseja começar a dançar profissionalmente, sempre falo para fazer das redes sociais sua vitrine. Para dançar não tem idade; basta querer, não desistir, se dedicar e estar disposta a aprender sempre! Estude o estilo que você mais gosta e procure por profissionais voltados a ele, para que assim você possa se aprofundar mais e mais. E se você sonha em estar nos palcos, com os artistas que admira e sonha em trabalhar junto, não deixe de trabalhar o network. Isso fará com que as pessoas que tenham gostado do seu trabalho, procurem por você para novas oportunidades”, dá a dica Nayara.

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“A melhor parte da dança é eu poder ser livre para ser quem sou”
Comportamento
“A melhor parte da dança é eu poder ser livre para ser quem sou”
Nayara Nicacio, dançarina do ballet da MC Soffia, e Felipe Guedes, bailarino profissional há 12 anos, falam sobre o poder transformador da dança

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