Embora algumas pessoas ainda defendam que a 1ª onda da COVID-19 no Brasil nunca terminou, apenas se intensificou, especialistas afirmam que a 3ª está vindo aí – e será a mais letal de todas.
De acordo com levantamento do UOL, são quatro os fatores que contribuem para a catástrofe iminente em meados de junho: a chegada do Inverno no dia 21, o novo afrouxamento do isolamento social, a lentidão na campanha de vacinação e as novas cepas.
Em maio, por exemplo, a vacinação caiu 17% no Brasil em relação ao mês anterior. A falta de insumos foi apontada como a principal razão, sendo que o Fiocruz chegou a anunciar a paralização da CoronaVac/Butantan e da AstraZeneca. As pessoas que precisavam tomar a 2ª dose foram as mais afetadas.
A flexibilização da quarentena em algumas cidades, como em São Paulo, também já geram frutos nada bons. Na última semana, a ocupação de leitos em hospitais particulares da metrópole subiu de 79% para 85%. No último domingo, 23, bastava dar uma volta pelas ruas da Bela Vista, Vila Madalena e de Pinheiros para ver bares lotados, especialmente na hora do jogo entre Palmeiras e São Paulo. O cenário era de um mundo pré-pandêmico e se repete em todo o Brasil.
O infectologista Marco Aurélio Sáfadi explica que “vírus respiratórios gostam de frio e têm sua capacidade de sobrevivência aumentada”. Além disso, a tendência é que lugares fechados, como bares e restaurantes, fiquem ainda mais fechados, para promover ambientes confortáveis e quentinhos para os clientes. Aí já viu, né? Sem circulação de ar e com aglomeração, não há quem segure o coronavírus, especialmente as novas variantes dele, apontadas como mais transmissíveis.