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10 vezes em que as mulheres de Bridgerton corajosamente quebraram tabus

E foram necessárias, mostrando que é possível alterar a realidade mesmo que através de pequenos atos revolucionários

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 24 jan 2021, 15h15 - Publicado em 24 jan 2021, 10h07
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CAPRICHO/Sestini/Reprodução

Nova produção da Netflix, Bridgerton ficou em primeiro lugar no ranking das mais assistidas em 76 países! Baseada nos livros de Julia Quinn, a série, que se passa na Londres do século XIX, mostra o competitivo mundo da aristocracia inglesa. Apesar de abordar uma realidade em que as mulheres não tinham as mesmas liberdades que possuem hoje, Bridgerton mostra personagens femininas corajosas e que usam sua inteligência e força para, mesmo que sutilmente, mudar a realidade e escrever sua própria história.

Bridgerton: 10 vezes em que as personagens mostraram coragem na série

Separamos 10 situações em que essas mulheres quebraram algumas regras de maneira necessária:

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GIF/CAPRICHO

1. Eloise quer estudar e ser independente

Desde o começo da série, Eloise deixa claro que acha a busca por um marido, que as jovens são obrigadas a participar, entediante e que não é o caminho que ela gostaria de seguir. A garota passa seus dias lendo (e, muitas vezes, é criticada por isso), escrevendo e buscando por aventuras. Para a época, não querer se casar e desejar ser uma mulher independente era algo chocante, por isso, apenas a vontade de Eloise desejar outro estilo de vida já mostra sua coragem. Em uma das cenas, a personagem deixa claro que gostaria de estudar e se tornar escritora, e esse é um dos motivos que a faz querer descobrir a identidade de Lady Whistledown.

2. Penelope tenta ajudar Marina durante sua gravidez

Após Lady Featherington saber que Marina Thompson está grávida, e a deixar trancada no quarto para que a alta sociedade não descobrisse sobre sua gravidez, Penolope começa a conversar, fazer companhia e olhar se alguma carta de Sir George havia chegado para a menina. Naquele momento, Penelope se coloca no lugar da jovem e, ao ver como ela estava sofrendo, tenta ajudá-la mesmo quando sua mãe reforça que ela deveria se afastar de Marina para não acabar como ela. Quando Lady Featherington faz a novata voltar para os bailes e a obriga procurar um pretendente para se casar, Penelope continua ajudando a parente distante a fugir de situações desconfortáveis. Mesmo não se encontrando na situação de Thompson, Penelope tem empatia e estoura sua bolha.

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3. Lady Danbury ajuda o pequeno Simon

Após o antigo Duque não demonstrar nenhum carinho pelo pequeno Simon Basset e ofendê-lo por sua gagueira, Lady Danbury o acolhe. Ao conversar pela primeira vez com Simon, Danbury diz que vai ajudá-lo mas que ele precisava se comprometer a ser sua melhor versão. “Deve me prometer que, quando você estiver sob os holofotes, será digno da atenção que lhe será dada”, diz. Danbury também conta para a criança que, quando ela era nova, vivia se escondendo, mas entendeu que uma hora precisaria se destacar. “Um dia, eu estaria sob os holofotes e não poderia sentir medo. Então, em vez disso, eu tratei de me tornar assustadora. Agucei minha astúcia, meu figurino e minha visão, e me tornei a criatura mais aterrorizante aonde quer que eu vá”, explica. A personagem é um exemplo de mulher forte, corajosa e que sempre está disposta a ajudar.

4. Daphe descobre o prazer feminino e trata isso com naturalidade

Na época em que a série se passa, as jovens não eram estimuladas a saber e procurar informações relacionadas a seu corpo e sua saúde. Daphe é um exemplo disso: a personagem se casa sem saber como os bebês nascem. Apesar desse cenário, que retrata a desinformação existente no século XIX, a produção aborda com naturalidade o processo de descoberta da sexualidade da jovem. Durante uma conversa com o Duque de Hastings, em que ela questiona o que acontece entre um casal, Simon responde que seria uma continuação do que acontece quando ela está sozinha e toca seu corpo. Naquela noite, a personagem resolve então se masturbar pela primeira vez, o que é abordado sem grande alarde ou tabus.

5. Eloise aponta para o irmão todos os privilégios e liberdades que os homens possuem

Ao ver quantos privilégios os homens têm na sociedade, Eloise percebe o quanto é injusto eles poderem trilhar outro caminho e escolher suas profissões e hobbies, e ela ter que se casar e viver uma vida que não é a que deseja. A ideia de, em breve, se tornar uma debutante e ter que começar a procurar por um marido a deixa assustada. Em uma noite em que está fumando escondida e seu irmão Benedict aparece e senta-se ao seu lado, Eloise diz que ele deveria aproveitar todas as oportunidades de realizar seus sonhos, já que ele é um homem e a sociedade o permite fazer isso. “Você é um homem, então tem tudo. Pode fazer o que quiser. Então, faça, tenha coragem, pelo menos assim posso viver indiretamente por meio de você”, diz.

6. Lady Violet une outras mulheres para desmascarar Nigel Berbrooke

Após Nigel Berbrooke criar boatos para forçar Daphe a se casar com ele, Lady Violet usa sua inteligência e une várias mulheres para desmascarar o barão. Diante da solução encontrada pela personagem, seu filho Antony – que é visto como o chefe da casa e desejava intervir – diz a mãe que no futuro agirá de outra maneira e a ouvirá. “Sei que a sociedade ditou seu papel atual nesta família mas, após a situação da Daphe, garanto que eu sou plenamente capaz”, responde ela. Apesar de ser constantemente subestimada por Anthony, a matriarca é uma mulher inteligente e que sempre encontra um jeito de ajudar a família a resolver o que for preciso.

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7. Daphe tenta ajudar Marina

Após saber que Marina estava tentando casar com Colin porque esperava um filho de outro [Sir Geroge, um soldado que estava desaparecido], Daphe tenta ajudar a jovem a encontrar seu amor. Para localizá-lo, a duquesa procura a esposa do general Langham, que é responsável pelas tropas em que Sir George estaria. A atitude de Daphe foi motivada pela sororidade, já que ela se identificou com a história de Marina e viu que suas atitudes eram movidas pela vontade de sobreviver em uma sociedade em que mulheres tinham poucas possibilidades. “Daphe é feminista. Quer muito ter o controle do seu próprio destino e diz não quando sente que não está no controle. Ela nasceu no tempo errado, e tristemente era a única opção que tinha“, disse a atriz Phoebe Dynevor, que interpreta a duquesa, ao Universa.

Bridgerton: 10 vezes em que as personagens mostraram coragem na série
Netflix/Divulgação

8. Eloise comenta o quanto as obras de arte objetificam o corpo feminino

Em um dos episódios, em que uma nova ala é inaugurada na Somerset House, Penelope e Eloise observam uma obra e percebem que todas têm algo de parecido. “Como todas essas pinturas foram feitas por um homem que vê a mulher como decoração”, diz Eloise ao criticar a forma como os corpos femininos são retratados na arte da época. “São [vistas] como vasos humanos”, acrescenta Penelope. O senso crítico das duas personagens, que é constantemente julgado na série, convida os espectadores a contestar e não apenas aceitar a realidade em que vivem.

9. Siena diz que prefere ser cantora a ir a bailes e procurar um marido

“Não sou uma inocente debutante”, diz Siena. “Sorte sua, na verdade. Prefere sorrir afetadamente enquanto borda ou sei lá o que essas debutantes fazem pra passar o tempo? Nós decidimos a nossa própria vida”, lhe responde Madame Delacroix. Ao optar por ser uma cantora de ópera, Siena, assim como Genevive Delacroix, que é é modista, desafiam a sociedade e, apesar de enfrentarem desafios, são as donas de suas escolhas.

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10. Lady Danbury tem um clube para mulheres

Após Daphe se casar com Simon, Lady Danbury a convida para frequentar seu clube de mulheres casadas. Apesar de, em um primeiro momento, a duquesa achar que esse seria mais um daqueles lugares cheios de regra, o clube de Danbury é um espaço em que as mulheres podem jogar, se divertir, conversarem e serem elas mesmo – sem se preocuparem e precisarem serem perfeitas.

E aí, já assistiu à série? Gostou das personagens? Com qual rolou mais identificação?

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