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Galera CAPRICHO

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Com informação e união, a nossa galera pode fortalecer a luta antirracista

Nós, jovens, precisamos conhecer a história do racismo no Brasil, desmitificar certas ideias e aproveitar as redes para ampliar o debate

Por Laura Matos e Ana Beatriz Atualizado em 3 jul 2024, 11h04 - Publicado em 30 Maio 2024, 13h00
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iversas situações cotidianas evidenciam o quanto o racismo está enraizado na sociedade brasileira. Para mudar esse cenário, uma coisa é certa: todo mundo deve fazer parte da luta antirracista – independente da cor de pele ou da posição social. Afinal, é como diz o título do livro da autora americana Robin DiAngelo: ‘Não basta não ser racista: Sejamos antirracistas’.

E olha: uma das ferramentas mais poderosas nessa batalha coletiva contra o racismo é a informação. Nossa galera precisa se unir e aproveitar todos os recursos digitais que temos hoje para adquirir e espalhar o conhecimento sobre as questões raciais. É isso que nós, Laura Matos e Ana Beatriz, viemos fazer neste post do Blog da Galera. É hora de voltar um pouco na história do nosso país para entender como o racismo nasce por aqui e desmitificar algumas ideias sobre o tema – assim fica mais fácil de combatê-lo!

O longo processo da abolição da escravatura

Hora da revisão de História! O ano era 1810 e devido a pressão internacional, principalmente da Inglaterra, Dom Pedro I foi forçado a assinar um tratado no qual se comprometeu a abolir o comércio de escravos de forma gradual. Mas, só depois de quase 80 anos, em 1888 que a escravidão foi completamente abolida. Depois de tratados que proibiam o tráfico de escravos, permitiam a libertação dos filhos de pessoas escravizadas, davam a possibilidade do escravizado comprar sua liberdade e proibiam escravização de pessoas idosas, o Brasil se tornou o último país independente a abolir oficialmente a escravatura. Mas será que um simples tratado seria capaz de consertar três séculos de escravidão? Lógico que não!

A responsável pela abolição da escravatura foi a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II. Ele próprio não podia assinar a lei porque, na época, já havia uma constituição que impedia que o imperador criasse leis. Ele poderia apenas aprovar leis feitas pelo parlamento. A princesa ficou conhecida como “a redentora”, pois teria salvado os africanos escravizados da vida de dor e sofrimento. Mas é claro que isso é uma visão do eurocentrismo e é totalmente equivocada. Isabel nunca se demonstrou uma ativista contra o regime escravista e muito menos se prontificou em procurar soluções para tal problema.

A questão era que o Brasil estava sofrendo uma pressão internacional ENORME, principalmente da Inglaterra. Havia ameaça de conflito armado por parte dos ingleses e os acordos econômicos estavam sofrendo alterações. Por motivos estritamente políticos, a princesa Isabel foi praticamente forçada a assinar a Lei Áurea e estima-se que cerca de 700 mil escravos foram libertos.

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Mas por que a Princesa Isabel se tornou um símbolo de luta contra a escravidão?

Muitas pessoas não sabem o que realmente aconteceu naquele período, e as instituições educacionais devem desmistificar esse papel de heroína que a Princesa carrega, até porque após a abolição da escravatura, os negros continuavam a sofrer pela influência da escravidão no país.

Eles foram deixados à margem da sociedade, sem direitos, dinheiro ou qualquer coisa que ajudassem eles a se manterem aqui no Brasil, e com isso muitos preferiram continuar trabalhando para os senhores de engenho em troca de alimento e “moradia”. A grande maioria, no entanto, subiu os morros e criaram assim as primeiras favelas brasileiras, lá por meados do final do século XIX.

A miscigenação da sociedade brasileira

Mas não parou por aí. A elite brasileira queria que o país fosse o mais parecido com os países europeus, e para que eles fossem considerados de “bem nascidos ou de boa origem” começou o processo de embranquecimento da sociedade, conhecido como Eugenia, que tinha como objetivo embranquecer as gerações futuras. Por causa disso, muitas mulheres negras foram violentadas para que seus filhos nascessem mais claros e com poucas características negras, tentando assim, apagar o povo negro da sociedade brasileira.

Até hoje, muitas pessoas romantizam essa grande miscigenação que começou de uma forma nenhum pouco agradável, com o objetivo de exterminar a população negra, e com isso foram criados diversas maneiras de sumir com o povo negro como a reprodução seletiva, esterilização forçada e o apagamento social e cultural das pessoas negras.

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Quer continuar esse debate e trazê-lo para os dias atuais? Uma boa maneira de fazer isso é acompanhar influenciadores, artistas e figuras públicas que falam sobre a negritude e todas as questões raciais. Sim, nas redes, existem muitos conteúdos informativos que devem ser compartilhados! A seguir te damos três exemplos de quem merece seu follow.

Andressah Catty

De maneira totalmente assertiva, a apresentadora, comunicadora digital e cantora Andressah sempre está trazendo em suas redes sociais pautas super importantes como a negritude, justiça, preconceito, direitos humanos e muito mais. Vale a pena acompanhar!

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Arape Malik

Músico, escritor e criador de conteúdo digital, Arape discute a negritude, ancestralidade, representatividade, trazendo discussões reais que muitas pessoas olham como um tabu dentro da sociedade. Sério, ele é muito necessário.

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Erika Hilton

Ela é política brasileira e ativista pelos direitos de pessoas pretas e LGBT+. Foi a primeira deputada federal transexual a ocupar um cargo tão importante no Brasil. Estamos falando de  Erika Hilton, uma figura atual de extrema relevância e influência quando o assunto é militância por equidade entre grupos sociais. Ela não é uma digital influencer, mas é super ativa nas suas redes sociais e sempre nos atualiza sobre movimentos importantes que ocorrem na Câmara dos Deputados.

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Não deixe de debater sobre o tema com seus amigos, viu? Com união e informação, a luta antirracista se fortalece.

 

 

 

 

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