A queda capilar é um problema que preocupa muita gente e pode gerar até até mesmo problemas de autoestima. Para saber como tratar adequadamente, é fundamental que você entenda alguns pontos sobre o assunto. A CAPRICHO conversou com especialistas que explicam quais são as principais causas, como prevenir e tratar.
Principais causas da queda capilar
As variações hormonais são as causas mais comuns da queda de cabelo, especialmente em adolescentes e jovens, conta Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e Diretor Médico do Instituto do cabelo.
“Não podemos deixar de citar as causas patológicas (doenças) como a Síndrome dos Ovários Policísticos, alteração da glândula tireoide para mais ou menos e situações emocionais, podendo ser elas o rompimento de uma relação, decepção com amigos e transtornos alimentares“, explica Luciano, que completa dizendo que os regimes alimentares, sem acompanhamento médico, também são causa frequente do aumento da queda capilar.
Se você se identificar com alguma das causas citadas acima, não deixe de consultar um profissional para iniciar o tratamento mais adequado para o seu caso, tá?!
Hábitos para evitar no dia a dia
Além das patologias citadas anteriormente, existem hábitos que adotamos no nosso dia a dia que podem ser fortes contribuintes para a queda de cabelo. “Outras situações que podem causar a queda e/ou quebra dos fios, sem chance de recuperação, são as presilhas, piranhas, rabos de cavalo e tranças muito apertadas, ‘tererê’ e as chapinhas, que, além de arrancar os fios, ainda os queimam”, alerta o tricologista.
A má alimentação, pouca ingestão de proteínas que podemos encontrar em carnes, peixes, frango ou soja; beber pouca água, dormir mal e ingerir energéticos e álcool em excesso são outros hábitos para repensar. Também recomenda-se evitar procedimentos químicos agressivos com muita frequência no cabelo, como descoloração e o uso de fontes de calor em excesso. Para isso, adote alguns cuidados, como sempre utilizar o protetor térmico e iniciar um cronograma capilar.
Mas quando a queda capilar se torna preocupante?
Com tantas causas da queda capilar, perder alguns fios por dia se torna comum e não é motivo de preocupação, mas em qual momento precisamos nos atentar?
“Não existe um número absoluto de queda dos cabelos que determine um problema. O importante é observar a proporção de perda/ganho. Sinais de alarme são excesso de cabelos no box do chuveiro, escova/pente, teclado do computador, mesa de estudo e fronhas, por exemplo. Nesses casos, vale procurar um médico o mais rápido possível”, recomenda Luciano Barsanti.
O cabelo cacheado tende a cair mais que o liso?
Você já ouviu falar que os cabelos crespos e cacheados tendem a cair mais que os lisos? Se sim, saiba que isso é um mito. “O que pode acontecer é que, por serem fios mais ressecados, eles podem se romper ao pentear pelo frizz ou por tração. Aconselho hidratar semanalmente e utilizar condicionadores com ativos naturais, manteiga de karité, argan, extrato de rosas brancas e muru muru, e evitar chapinhas ou secador”, indica o especialista.
Os produtos que prometem diminuir a queda realmente funcionam?
“Infelizmente, não existe magia ou medicamento milagroso que interrompa a queda capilar. Deve-se procurar um médico tricologista de sua confiança, assim, a grande maioria dos problemas pode ser resolvida e haver uma estabilização da queda”, explica Luciano.
Ele ainda destaca que o tratamento sempre depende do diagnóstico e, muitas vezes, de uma equipe multidisciplinar – ginecologista, endocrinologista, psiquiatra e outros. Com o acompanhamento devido, o profissional vai te indicar o melhor produto para diminuir a queda capilar. Combinado?
O tratamento
“Sem dúvida, quem sofre com queda intensa dos cabelos, não deve se apavorar ou tomar remédios ou usar loções por conta própria, os quais podem agravar o problema”, lembra o profissional. “Aos primeiros sinais já citados, procure seu médico e tricologista de confiança. Serão realizados exames especializados, como o scanner do couro cabeludo, que aumenta até 30 mil vezes a imagem dos fios e do couro, além da microscopia de tela do bulbo capilar (raiz do cabelo), podendo, dessa forma, diagnosticar com precisão o problema e resolvê-lo totalmente”, conclui.
E aí, o que você acha de colocar as dicas do especialista em prática?