Maquiador da Beyoncé fala sobre movimento que luta pela diversidade
A iniciativa Black Beauty Roster busca ressignificar a contínua falta de diversidade e contratação de maquiadores e cabeleireiros negros no set
Você já parou para pensar ou até mesmo contar quantos profissionais negros, indígenas e amarelos compõem os bastidores da sua marca favorita? Pensando na importância e inserção de profissionais plurais no mercado da beleza, Simone Tetteh e Maude Okrah fundaram o movimento Black Beauty Roster (BBR), que tem ninguém mais, ninguém menos do que que Sir John, maquiador da cantora Beyoncé, como mentor para novos artistas.
A BBR luta contra a contínua falta de diversidade e contratação de maquiadores e cabeleireiros negros no set e, a seguir, a CAPRICHO te conta todos os detalhes sobre a organização que tem movimentado a indústria americana.
Juntas, Tetter e Okrah administram um programa de aceleração que une novos profissionais com nomes e especialistas já estabelecidos no mercado para que, assim, a próxima geração possa formar e criar os tipos de conexões necessárias para ser contratada em Hollywood, por exemplo.
“A falta de estilistas negros no set pode ser uma experiência traumatizante para muitos”, conta Tetteh em entrevista à Allure. “Também reconhecemos que não é uma experiência inclusiva para profissionais de beleza de cor [negros, indígenas e amarelos]. É muito difícil para eles navegarem no sistema, seja um trabalho sindicalizado ou não, e chegar ao ponto de poderem estar no set, nos trailers de cabelo e maquiagem e realmente trabalhar com talento.”
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Para construir uma rede forte e colaborativa de apoio e orientação para novos criadores, a BBR precisou abrir caminhos e derrubar as portas que tradicionalmente eram fechadas contra jovens artistas. A adição mais recente à sua rede de mentores é o lendário maquiador Sir John, conhecido por sua transparência, ética de trabalho e looks icônicos em artistas como Beyoncé, Naomi Campbell e Serena Williams.
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Depois de aprender sobre a organização americana com seu grande amigo Larry Sims, cabeleireiro queridinho das famosas Kerry Washington e Winnie Harlow, John soube imediatamente que a organização estava profundamente alinhada com sua própria missão pessoal.
“Estou realmente apaixonado por garantir que defendo não apenas por mim, mas [que] defendo por nós”, vibra Sir John. “O núcleo da minha existência é garantir que continuemos ocupando espaço e também fazendo campanha um para o outro, e é isso que eu realmente amo na Black Beauty Roster.”
Ainda sobre os espaços de trocas do movimento, os profissionais compartilham suas experiências a respeito de como trabalhar na indústria a partir de uma lente de diversidade, comentando como chegaram onde estão e até compartilhando dicas, como a diferença entre fazer maquiagem para filme e programa de televisão em comparação ao tapete vermelho.
Embora a discriminação de cabelo e maquiagem seja sistêmica e não desapareça da noite para o dia, o objetivo do BBR e de movimentos nacionais, como o Pretos na Moda e da VAMO, startup de inovação, são semelhantes: defender a promoção e a inserção de diversos talentos em diferentes espaços, seja em sets de filmagens, bastidores ou nas semanas de moda.
“É realmente importante garantir que haja espaços para as pessoas continuarem a traçar e ultrapassar os limites”, acrescenta o profissional. “Espero que o legado que a Black Beauty Roster possa deixar em uma geração seja como ser convidado de volta a esses espaços. E não que precisemos, não que estejamos procurando qualquer convite, mas é sempre bom que seu nome seja lembrado e considerado ano após ano, porque você está fazendo algo certo.”
E aí, você já conhecia algum desses movimentos? Conta pra gente!