Liberdade para mudar o cabelo fez Willow conhecer mais de si mesma
Raspar o cabelo aos 12 anos foi a chance da cantora descobrir quem era e entender sua própria beleza
illow começou sua carreira aos 10 anos quando lançou Whip My Hair, em 2010. Filha de pais famosos, o ator Will Smith e a atriz Jada Pinkett, ela revelou em entrevista à revista estadunidense Allure como foi se conhecer e se descobrir em meio a mídia. Depois de alguns anos longe dos holofotes, hoje ela é uma das novas it girls da geração Z.
Coincidência ou não, o que a fez chamar atenção quando mais nova, foi também o que a ajudou a ser quem é hoje, o seu cabelo. Willow já pintou os fios de várias cores, usou diferentes penteados e até raspou a cabeça algumas vezes.
“Minha mãe me permitiu fazer isso porque ela acreditava fortemente que eu ser capaz de me expressar dessa forma era muito importante. E concordo plenamente com ela porque me ajudou a descobrir quem eu sou”, confessa à publicação.
O cabelo sempre foi muito importante para sua trajetória, seja aos 11 anos quando era dona de um dos maiores hits do pop, ou aos 12 quando raspou a cabeça pela primeira vez para de distanciar da imagem que tinha criado. Mais que um ato de rebeldia, para ela, sempre foi sobre liberdade.
“A energia que seu cabelo guarda durante toda a sua vida, toda a sua tristeza, sua felicidade e sua confusão. Seu cabelo estará com você para sempre. E, quando você raspa, você fica meio nu. Você sente que você precisa ser novo agora”, para a cantora, foi uma chance de se libertar e poder descobrir quem realmente era.
Na entrevista, Willow lembra como, mesmo sendo uma criança, foi uma inspiração para meninas e mulheres negras e que vê-las a observando serviu como uma inspiração para ela também. Ter esse apoio quando estava se sentindo assustada a fez prestar mais atenção na beleza de cada uma.
Willow entendeu que não precisava se encaixar nos padrões e, por mais que tivesse uma beleza conhecida, ter os traços de seus pais famosos, foge de conceitos tradicionais.
Explorar as possibilidades de sua própria beleza – e, claro, de criação musical – também criou uma liberdade para entender e construir sua autoestima.
“Tradicional, sério? Represento certas partes da beleza tradicional, mas há outras partes que não represento. Minhas pernas nunca são raspadas. Eu sempre tenho axilas peludas, tipo, sou negra, meu cabelo é crespo. É por isso que acho que ocupo uma posição muito interessante no mundo dos padrões de beleza”. conclui Willow.