Você já ouviu falar no método russo de cuidado com as unhas? A técnica, originalmente criada na antiga União Soviética, tem sido aprimorada nos últimos anos e seu principal objetivo é valorizar as unhas naturais, deixando-as mais fortes e saudáveis, além de um cuidado especial com as cutículas. Vem com a gente entender como funciona e os benefícios envolvidos nesse processo!
O que é o método russo e quais são suas etapas?
Segundo Olga Radionova, uma das responsáveis por introduzir esse método no Brasil e sócio-fundadora da Bela Russa, rede de franquias de estúdios especializados no cuidado russo das unhas, trata-se de um conjunto de técnicas embasadas em princípios tradicionais da Rússia. “O método russo é um dos que mais cresce no mundo pela forma segura como é realizado e pela maior durabilidade que oferece não apenas em relação ao esmalte, mas também para as cutículas. Um dos pilares fundamentais é a preservação da integridade e da saúde das unhas naturais. É inaceitável, no nosso ponto de vista, que as unhas naturais sejam danificadas em prol de um embelezamento nocivo à saúde”, afirma.
Adota-se 6 condutas básicas durante o processo, que, de acordo com a especialista, são:
1. Processamento das cutículas livre de lesões
Se você tem as cutículas fininhas e sensíveis, esse passo pode chamar a sua atenção, porque o alicate não é usado! “Ao substituir o alicate, que é um instrumento de corte, pelas fresas, que trabalham por microdermoabrasão, há uma redução no ritmo e no volume de crescimento das cutículas, uma vez que o sistema imunológico não é ativado. Assim, torna-se desnecessário realizar procedimentos semanais, o que deixa as cutículas delineadas e sem levantar as ‘pelinhas’ por muito mais tempo”, explica Olga Radionova.
2. Não desgasta a superfície das unhas naturais
O método russo original não realiza o lixamento ou desgaste da superfície das unhas para a ‘melhor aderência do esmalte’. Para a empreendedora, essa prática pode retirar a camada dorsal de queratina que protege as unhas, deixando-as cada vez mais finas e fragilizadas. “Isso afeta a durabilidade dos esmaltes, que são projetados para aderir justamente nessa camada. Isso não acontece no método russo, que mantém a superfície das unhas naturais sempre intactas, promovendo muito mais aderência e durabilidade aos esmaltes.”
3. Esmaltação de alta precisão
Olga Radionova conta que as reações alérgicas costumam ser causadas pela forma como os esmaltes são aplicados. “Mesmo os melhores esmaltes hipoalergênicos podem provocar alergias se forem aplicados de maneira grosseira, ‘lambuzando’ a pele ao redor da unha. Esses materiais são testados e aprovados para aplicação somente sobre a placa ungueal e não sobre outros tipos de tecidos. No método russo, a esmaltação é realizada com precisão absoluta, sem tocar na pele em volta das unhas.”
4. Não utilização de água
Com o objetivo de evitar a propagação de vírus e bactérias, tudo é feito totalmente a seco. “O processo a seco também evita o descolamento e o aparecimento de bolhas no esmalte, que normalmente surgem devido a evaporação da água previamente borrifada”, acrescenta a especialista.
5. Restauração pontual de unhas danificadas
A técnica de restauração das unhas naturais funciona de modo que apenas as unhas danificadas sejam recuperadas, o que significa que as demais unhas não são sacrificadas. A fundadora da empresa Bela Russa informa que essa conduta é o oposto da técnica comumente utilizada em alongamentos populares, que diminui o comprimento de todas as unhas para aplicar extensões.
6. Técnica de remoção segura
Através de um método russo de qualidade, garante-se que a remoção do material (o esmalte em gel) seja feita de forma segura e livre de lesões. “Quando a camada de cor é removida, uma fina película de base transparente permanece na superfície da unha com o objetivo de garantir que a placa natural nunca seja tocada. A fresa de cerâmica contribui para a segurança, uma vez que sua abrasividade é calibrada para a densidade do esmalte. Caso a cerâmica venha a tocar na unha natural, ela tende a deslizar, sinalizando à profissional que não há mais material a ser retirado.”
Quais são os principais benefícios?
Um dos benefícios que leva muita gente a recorrer ao cuidado russo das unhas é a cautela com as cutículas. “Quanto mais as cutículas são removidas com o uso de instrumentos cortantes, como alicates e tesouras, mais elas crescem. Isso ocorre, pois, ao cortar as cutículas, acionamos nosso sistema imunológico, e o nosso organismo entende que é necessário ‘reconstruir’ o tecido removido e, com isso, trabalha de maneira acelerada na sua formação. No método russo, a remoção da cutícula é feita por um aparelho especial, que remove cutículas e calosidades por meio de um processo chamado microdermoabrasão. Como não há agressões ou estímulos ao sistema imunológico, o resultado é um procedimento sem lesões, que ajuda a normalizar o crescimento da cutícula a cada sessão“, diz Olga Radionova.
Além disso, com a esmaltação de precisão, estima-se que as unhas feitas durem por um período de 3 a 4 semanas. Nesse processo, como a pele não é manchada com o esmalte, não utiliza-se palito ou removedor para a retirada do excesso de produto. Se você tem aflição ou algum problema com essa parte, talvez seja uma ótima alternativa para o seu caso, né?
Outro aspecto ressaltado pela especialista é o processo de recuperação de unhas danificadas, que não lixa as demais unhas com o propósito de encurtar para igualar com as menores, o que pode ajudar quem busca abandonar o hábito de roer as unhas.
Utiliza-se apenas esmalte em gel?
Por definição, o método russo não exclui a utilização de esmaltes comuns. No entanto, na Rússia, eles são destinados a uso doméstico e criativo. Por isso, Olga Radionova conta que, a fim de reproduzir a experiência com máxima fidelidade, utiliza apenas esmaltes em gel premium de última geração, que foram importados de fornecedores homologados para garantia do padrão de segurança, durabilidade e brilho da esmaltação.
Existem contraindicações?
Qualquer pessoa que tenha unhas saudáveis pode fazer o método russo, pois ele é pouco invasivo. No entanto, na Bela Russa, recomenda-se que qualquer procedimento nas unhas seja realizado a partir dos 16 anos. Adolescentes somente podem fazer após passarem por uma avaliação minuciosa dos profissionais. “O desenvolvimento humano não ocorre de forma idêntica em todos os indivíduos. Enquanto algumas adolescentes de 16 anos podem ter seus corpos, mãos e unhas completamente formados, outras da mesma idade (e até mais) podem apresentar traços de que ainda estão em fase final de desenvolvimento. Nesse caso, cabe ao profissional responsável a decisão de realizar ou não o procedimento.”
Pessoas que apresentem alterações e sinais de patologias nas unhas também passam por avaliações antes da técnica.