Que a Fórmula 1 é um esporte extremamente conhecido, todos nós – ou quase todos – sabemos. Porém, algo que vem sendo observado com o passar do tempo, assim como em outras modalidades esportivas, é o aumento de mulheres ocupando áreas que antes eram majoritariamente ocupadas e relacionadas a homens. Torcedoras, jornalistas, comentaristas, profissionais de automobilismo e coisas ligadas ao assunto vem sendo cada vez mais presentes.
Inclusive, você sabia que mulheres já comeptiram e deixaram seu nome registrado na História?
A italiana Maria Teresa de Filippis foi primeira mulher a competir na Fórmula 1. Lella Lombardi, também italiana, obteve o melhor resultado de uma mulher na linha do tempo do esporte. Nomes como Divina Galica, Desiré Wilson e Giovanna Amati também fizeram parte dessa conquista.
E apesar de apenas cinco mulheres terem competido de fato, atualmente vemos que a presença feminina não ficou limitado a elas.
Nos últimos anos, houve a presença de diversas competidoras na categoria para projetos de desenvolvimento e testes. Também vemos o aumento de torcedoras na redescoberta do esporte, que tem como forte influência a chegada da série Drive To Survive, lançada em 2018 na Netflix, com 4 temporadas e que atualmente é um dos maiores sucessos de produção própria do streaming. A série tem como objetivo mostrar um lado do esporte que não vemos quando estamos no sofá de casa: entrevistas, a tensão no paddock, acidentes, brigas entre pilotos e chefes de equipe. Sendo, também, um assunto recorrente entre as redes sociais mais utilizadas pelos jovens, como o Twitter, que se sentem influenciados e acabam procurando saber por aquilo que leem recorrentemente em sua timeline.
“Drive to Survive é sobre Fórmula 1, mas na verdade é sobre drama interpessoal. Há jovens ricos que têm brigas de longa data e/ou histórias trágicas. Há chefes de equipe atacando uns aos outros por causa de motores e regulamentos obscuros. E há muitos pilotos batendo uns nos outros em carros engraçados. Basicamente, imagine ‘Real Housewives’, se as donas de casa estivessem dirigindo a 300 quilômetros por hora e, ocasionalmente, uma delas pegasse fogo”, descreve a jornalista Byrd Pinkerton para a Vox.
Segundo relatório da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), “não era segredo que a F1 vinha lutando há anos para atrair fãs mais jovens e especialmente mulheres e esta pesquisa diz muito sobre a abordagem digital da nova equipe de gestão da F1 e do efeito funil de projetos como o Drive to Survive, da Netflix, que estão engajando uma nova geração de fãs apaixonados”.
E projetos como esses fizeram que com o que antes atingia um público de 25 a 45 anos, hoje atrai jovens de 16 a 24, trazendo outras pautas específicas e mais joviais para o cenário esportivo automobilístico internacional, como a presença de mulheres em destaque.
Para comprovar o impacto positivo da série nos bastidores, o piloto da Mclaren, Daniel Ricciardo, afirma para o NY times que, “por muito tempo, a F1 foi um esporte muito fechado. Deixar algumas pessoas entrarem e mostrar a eles o quão incrível o esporte é, acho que é onde a série realmente fez bem para nós”.
Para finalizar, nós, Bru e Mari, acompanhamos o esporte e vemos de perto como é importante e cada vez maior essa inclusão. Torcemos para que as próximas gerações continuem estimulando mudanças comportamentais em todos os aspectos da sociedade!